“Investimentos em imóveis no Brasil vai mais que dobrar”, diz Fábio Nogueira


O mercado imobiliário brasileiro deve receber um novo impulso com o grau de investimento, nota de país seguro para investimento, dado pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s. Em entrevista concedida ao jornal O Estado de S. Paulo, em 24/06/08, Fábio Nogueira, sócio do grupo de investimentos imobiliários Brazilian Finance e Real Estate, afirmou que os investimentos estrangeiros em imóveis no País podem saltar de R$ 8 bilhões para R$ 20 bilhões ao ano, movimento semelhante ao que ocorreu no México há alguns anos.

Para ele, o grau de investimento, somado à percepção de que o Brasil está descolado da crise americana, fará o dinheiro voltar a aparecer. “Tivemos três anos de investimentos, seguidos pela apreensão com a crise americana. As empresas deram uma pausa para reavaliar a situação, mas o dinheiro voltará. Já percebemos interesse de investidores, por exemplo, nos fundos que nossa empresa administra, e recebemos consultas de investidores asiáticos sobre a atividade imobiliária no País”.

O especialista considera que os excelentes fundamentos atingidos pelo mercado imobiliário – inflação sob controle, juros mais baixos e investment grade – trarão investimentos em torno de R$ 100 bilhões nos próximos cinco anos.

Segundo ele, o interesse estrangeiro pelo mercado imobiliário brasileiro é diversificado, vai desde imóveis comerciais locados e residenciais em construção a shoppings. O grande estímulo é o potencial de valorização das unidades. “Comparando-se os imóveis daqui com parâmetros de fora, imóvel aqui é barato. Lá fora os aluguéis são muito caros. Considerando que o Brasil, como membro do clube do grau de investimento, não deveria ter muita discrepância em relação a outros países, é natural alguns investidores apostarem na valorização do imóvel brasileiro e é isso que eles perseguem”, explica.

No México, a conquista do investment grade fez com que o país passasse a receber investimentos superiores a R$ 10 bilhões por ano, sendo que grande parte das operações tinha a participação de estrangeiros.

Aqui, os bancos nacionais e internacionais já estão bastante agressivos e há empresas crescendo de maneira consistente tanto em novos empréstimos como em securitização. “Estamos quebrando paradigmas e vivendo uma fase que historicamente não tem comparação. Não existe no horizonte nada que coloque em risco o sucesso desse segmento. A demanda hoje chega a 7 milhões de moradias – a maior parte em baixa renda, mas também há classe média e alta. É muita coisa”, analisa.

Banco do Brasil atinge R$ 200 bilhões de créditos concedidos no país e no exterior

Fonte:www.agenciabrasil.gov.br/

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

 

 
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Brasília – No ano em que completa 200 anos (12 de outubro), o Banco do Brasil informou que atingiu, em maio, a marca histórica de R$ 200 bilhões de créditos concedidos no país e no exterior. Foram R$ 178 bilhões de créditos no país, R$ 10 bilhões no exterior e R$ 12 bilhões de garantias para as empresas.De dezembro de 2002 a maio deste ano, o crescimento do crédito foi de 237%, com a média de 120 mil operações por dia. Em 12 meses, a carteira do banco evoluiu 33,5%.

Para chegar ao volume recorde, foi definida em 2007 uma meta para este ano, informou o diretor de Crédito do BB, Luiz Gustavo Braz Lage. Segundo ele, a estratégia para atingir a marca histórica foi atender a setores com o atacado, micro e pequenas empresas, além de cartões de crédito e investimento em redes de agências e autoatendimento. Outro foco de atuação tem sido o financiamento de veículos, que chegou a R$ 4 bilhões no final de maio.

“E ainda tem muito para crescer”, afirmou. Além desse segmento, o banco financia o agronegócio, respondendo por 63% do crédito concedido no sistema financeiro nacional, com volume superior a R$ 60 bilhões. O BB também é lider no crédito para investimento, que chegou a R$ 5 bilhões no final de abril.

Para continuar em crescimento, o diretor aposta na oferta de crédito imobiliário com recursos da poupança, o que foi autorizado no mês passado pelo Banco Central. Outro estratégia é a incorporação de bancos. Está em processo de incorporação a Nossa Caixa, o Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) e Banco do Estado do Piauí (BEP). Quanto ao BRB, o diretor afirmou que “não tem nada oficial”.

Segundo diretor, atualmente o BB responde por 17% da fatia de mercado do Sistema Financeiro Nacional. Mesmo com o crescimento do crédito, que bate recordes em todo o mercado, Lage considera que ainda há espaço para crescer. Segundo o Banco Central, em maio, o volume de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) chegou a 36,5% e a expecatativa é
fechar o ano, em 40%.

“Há muito espaço de crescimento para pessoas jurídicas, porque temos demanda aquecida e as empresas estão se modernizado. No caso da pessoa física, não temos uma paralisação. Pode estar havendo alguma acomodação”.

Quantao ao crédito consignado, por exemplo, que chegou a R$ 13,6 bilhões no banco ou 19% da fatia de mercado, Lage considera que “houve desaceleração, mas não chegou à estagnação”.

De acordo com Lage, o crescimento do crédito não gera preocupação quanto à inadimplência. Em maio, os índices de atraso acima de 90 dias (crédito referencial para taxa de juros) das pessoas físicas ficou em 5,8%, contra 7,3% do Sistema Financeiro Nacional , e das pessoas jurídicas em 1,8%, “em linha com o mercado”. Em relação à inadimplência geral, o atraso está 3,4%, abaixo dos 4,2% do mercado financeiro. “A gente monitora monitora e controla constantemente [a inadimplência]”, garantiu o diretor